As
máscaras sempre foram as protagonistas indiscutíveis da arte africana.
A crença de que possuíam determinadas virtudes mágicas transformou-as
no centro das pesquisas. O fato é que, para os africanos, a máscara
representava um disfarce místico com o qual poderiam absorver forças
mágicas dos espíritos e assim utilizá-las em benefício da comunidade:
na cura de doentes, em rituais fúnebres, cerimônias de iniciação,
casamentos e nascimentos. Serviam também para identificar os membros de
certas sociedades secretas.
Em
geral, o material mais utilizado foi a madeira verde, embora existam
também peças singulares de marfim, bronze e terracota. Antes de começar
a entalhar, o artesão realizava uma série de rituais no bosque, onde
normalmente desenvolvia o trabalho, longe da aldeia e usando ele
próprio uma máscara no rosto. A máscara era criada com total liberdade,
dispensando esboço e cumprindo sua função. A madeira era modelada com
uma faca afiada. As peças iam do mais puro figurativismo até a
abstração completa.
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